14/10/2017

justin




16:04pm Recife.

Ainda em um cochilo me pego pensando em vocêEu filosofando em busca de uma repentina chance de reatar os laçosAqueles qe foram rompidos e agora apenas desvaniadosQue ninguém mais vê, só eu sinto e queroNão me falta inspiração ao pensar em você como um simples e doce venenoSaudades a lembrar dos planos dos risos e do “prometo, nunca vou te deixar”… e deixou.Talvez você esteja feliz, pensando em casar com outra em se relacionar com outras pessoas, enquanto eu finjo que estou bem, que não preciso de você que a ferida estranha e incuravel já sarouMas meu coração ainda lateja a dor de quando você partiu, pois ainda sinto seu cheiro e lembro do seu jeitoNão queria que você fosse… eu esperei que nunca fosseMas me pego a uma semana depois de totalmente te superar, te desejando e te amando ainda maisO que mais dói é saber que ainda penso em ti que ainda lembro de cada curva do seu sorrisoOuvir de outro alguém que você já pensa em outra, foi como levar uma facada e depois sorrir e fingi que nada mais dói, que nada mais sinto que me esvaziei de você.Aqui estou, com saudades de alguém que ja superouCom saudades de quem não volta maisPeito gelado, coração partido tempo fechado e impulssos presosQueria muito te mostrar, só pra saber mais uma vez que ainda sem chance eu estava te esperandoTalvez sonhando, mas eu tenho, eu luto para acordarQueria poder te dizer que eu, ainda estou aqui.— Anônima

TATI BERNARDI.


         Porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se. A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também? Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. “Não seja tão severa consigo mesma relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho”. Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. “Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui tira este sapato”. Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala quem não concorda, mas escuta. Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.